I´m so horny! I´m, I´m so horny!
# Para um genérico teen de Janela Indiscreta, até que Paranóia é legal. Não é pretensioso, consegue manter um suspense bom nas horas em que precisa e o elenco segura as pontas relativamente bem.
# Aliás, esse Shia LeBeouf é bom. Com 23 anos, já emplacou de protagonista de produções grandes (não importa se ruins, mas grandes) como os dois Transformers e, mais do que isso, de cara levou um papel importante no último Indiana Jones. A verdade é que o guri tem presença de espírito, é engraçado e convincente. Acabou de bônus grudando a Megan Fox naquelas bostas com os carros robôs.
# Tá, não tem como sequer chegar aos pés, mas as referências ao Janela Indiscreta são pelo menos divertidas. A começar pela coceira que o Shia tem com a tornozeleira (no filme do Hitchcock era o James Stewart com a perna quebrada) passando pela mocinha/musa loira. Mesmo não tendo como competir com a Grace Kelly, essa Sarah Roemer é bem gatinha.
# Tá lá no IMDB que o David Morse, que faz o vilão, nem conversava com os outros atores, para encarnar mais ainda o serial killer. Aliás, essa é uma boa diferença que os diretores insistem em desprezar. Ao invés de mostrar de cara que fulano é vilão, sugere mais. Deixa mais na dúvida.
# Bem feita a cena do acidente no começo do filme, não?
# Em 1999, Carrie-Anne Moss vestiu couro da cabeça aos pés e povoou a imaginação masculina – principalmente do público nerd – em Matrix. Não deu dez anos e ela já está tendo que aceitar papel de mãe. Nada contra mães, claro, no filme mesmo a guria diz que ela é uma “hot mum”. Mas de musa à mãe vai uma bela diferença, se é que você me entende.
Paranóia (2007) ***